quarta-feira, 27 de julho de 2011

Atras de pistas


Os jogos do amor haviam passado. A morte do meu pai também. Segui para longe do camp em busca de pistas que dissessem onde andava o assassino. Haviam murmúrios de que se tratava de um ataque dos Parvaraci, Por dias e dias minha tribo entrou em guerra com os irmãos da terra. Os Pavaraci negaram a autoria do assassinato. Nenhum homem do povo dos vagões iria negar o orgulho da morte de um líder inimigo. Ainda que fosse um engodo da tribo.
Restava em mim então a certeza de que meu pai havia sido assassinado por um estranho. Um estranho aceito entre nós. Ele bebeu com meu pai. Compartilhou de sua comida, O assassino deixava a morte e levava ouro.
Segui com Hareena na direção do Norte. Montamos acampamento próximo as selvas de Schendi. Em meu trajeto de viagem, conheci um homem. Um taverneiro que parecia apressado em rever seus familiares no norte. Fiz negócios com o homem e adquiri uma taverna em um vilarejo conhecido como Steel Core, um lugar recanto de mercenários e ladrões. Não havia lugar melhor para tentar encontrar pistas do assassino. Afinal, se ele tinha pedras, moedas, ele precisaria fazer câmbio em algum lugar e eu tinha esperanças de que ele tivesse passado por ali, ou de que fosse acabar cruzando seu caminho em minha taverna.
Não tive sucesso. Os dias passavam e nenhuma noticia nova a respeito de negociações eram feitas, nem mesmo boatos entre os mercenários e outlaws a respeito do feito. Percebi que deveria recomeçar. Seguir os passos novamente e após o prazo dado ao homem para que voltasse, negociei a taverna por alguns bosks e parti de volta para o Tahari.
Hareena ainda estava em fase de aprendizado, se concientizando de quem verdadeiramente era e de quanto atrelada ao meu colar ela estava. Me dava um pouco de trabalho e divertimento ensina-la a se portar como uma Kajira Tuchuk deve se portar. Ela era orgulhosa, era altiva, como uma boa escrava dos vagões deve ser. Seguimos de volta para a terra das areias, era por ali que recomeçaria minhas buscas. O primeiro passo foi voltar ao camp nas planícies. E descobrir entre as tribos, quem havia saído da terra dos vagões há pouco tempo. Alguns nomes me foram dados. Era por eles que começaria. Partimos para Turia. Uma prova de fogo para Hareena. Era sua antiga cidade. Era rever seu primo e tio, agora não como uma livre, mas uma escrava orgulhosa do seu status. 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Memorias de um Tuchuk I


- Está maluco, Yanko!!! Se te pegam ai dentro, não vai sobrar sequer um dente teu na boca!!

Eu ouvia as palavras de Igor, enquanto vestia o manto que me protegeria dos olhares curiosos por trás daquelas muradas.

- Se você continuar gritando como uma Livre assim, não vai mesmo!! Shhh Igor!! Não precisava ter vindo.. agora ao menos vigie a estrada.

São poucas as coisas de que me lembro ter passado desde que a vi.. Desde então soubera que ela era uma livre.. filha de um comerciante poderoso de Turia. Um homem que havia morrido num ataque da minha gente. Uma retaliação pelo ataque de outros tempos. Somos assim. Olho por olho, dente por dente... Havia se passado 1 ano desde o dia do lago. Ficava sempre pelas voltas da murada escondido. Agora, havia decidido que ia entrar.. Ia vê-la novamente, custasse o que custasse. Retirei o gancho que trazia na cintura, preso a corda e me preparava para lançar.

- Pare com isso Yanko!!! Já possui Saphir. É uma boa escrava Muitos do camp a queriam e você a ganhou.

- Eu a quero, Igor.. quando vai entender!? Você tem Kalandra.. tem a promessa de se tornar FC dela, eu quero ela.. – apontava para a murada.

Igor, meu primo, sabia que não conseguiria arrancar da minha cabeça a idéia de ter a turiana. Era como se eu estivesse tomado por um feitiço dos espíritos das árvores que me cegava inteiro e me fazia ver apenas a maldita mulher. O gancho prendia na paliçada e subi. Igor não me deixaria entrar sozinho e subia logo atrás. Caímos do lado de dentro da cidade. Eu não saberia descrever aquela imensidão de pedras. Me senti sufocado e imaginava que tipo de gente preferia viver naquelas prisões. Corríamos pelas sombras nos valendo da noite que escondia boa parte das vielas. Corremos ate o que parecia ser a casa do Tio da turiana. Eu já havia dado um jeito de espiar por cima da murada o caminho que o homem fazia quando retornava para casa. Mais uma vez pulamos os muros para dentro do jardim. Então a vi novamente.

- Nos vamos morrer aqui dentro e eu não vou ter o meu contrato por sua culpa, Yanko!

Eu ria. Não havia como não rir do desespero de Igor. Ele se preparara para unir-se a Kalandra, filha de um dos Haruspex do camp, durante toda a infância e adolescência. E agora estava ali, dentro das muradas de uma grande cidade, passível de ser capturado quem sabe morto ou vendido como escravo em alguma feira, porque eu havia me encantado com a visão da deusa das águas. Mas viver sem pensar nas conseqüências sempre fora o meu ponto fraco.

- Shhhhhh.. seu bosk torto.. ou vão nos encontrar.. olhe!! Ali.. saindo com a escrava. É ela.

Era a visão mágica de vê-la saindo da casa para os jardins. Sorria e eu não tinha idéia do pelo que ela sorria tanto. Estava sem o véu.. E nem que eu quisesse minhas pernas conseeguiam mover-se naquele momento.

- Pelos espíritos do céu, ela é realmente bonita.. Kalandra é mais

Jamais permita que dois adolescentes desmiolados e descuidados se metam a esconder-se numa cidade inimiga. Igor descuidava-se e tropeçava em uma das pedras que faziam a base das palmeiras do jardim.. o Pedregulho rolava fazendo um grande ruído, despertando a atenção da Turiana e da escrava.. Eu travava os dentes, queria mata-lo! Batia nele como podia tentando não fazer mais barulho;

- Quem está ai?!

Ela perguntou assustada, segurando-se na escrava.. A voz. Por pouco eu não cometi a burrice de dizer a ela quem eu era. ... respirei fundo e Igor tampou-me a boca em um ato de lucidez..

- Não ouse conversar com ela!!! – Ele dizia entre os dentes ao meu ouvido.

Ele estava certo. Eu não podia mostrar-me, nem deixar que ela desconfiasse da existência de dois tuchuks em seus jardins.

- Squiiiiiiiiiiiiiiiiissshh..

Tudo bem, sei que não foi a mais sabia das idéias, mas imitei o som de um urt. Sacodi as folhagens para que ela imaginasse se tratar de um daqueles roedores. Ela gritava de susto, agarrava-se à escrava e correram para dentro. Eu tentei ainda sair dali e ir ate ela.. era tão simples. Eu so tinha que joga-la mos ombros e correr. E provavelmetne ser apanhado antes mesmo de pular o muro de volta. Igor me segurou e pelo manto saia me puxando para os muros novamente. Pulamos.. e voltamos a correr pela viela, a tempo de sermos vistos a saltar pela casa. Raphar, primo dela, descobria que não era apenas um Urt.. mas dois, e que rondavam para roubar em seu jardim. Ainda virei para trás a tempo de ver seus olhos novamente. Ela estava assustada e sequer pode ver meu sorriso por baixo da mascara que usava. Apenas o azul cintilante dos meus olhso sobre ela. .. corremos para fora o mais rápido que pudemos. Derrubando barris, caixotes, barracas de feira, empurrando pessoas que seguiam para suas casa. Sob os gritos de raphar e os hmens de seu tio. As flechas que eles atiravam passavam tão rentes a meu ouvido que não teria trabalho algum em ter um brinco enfiado neles. Corríamos pra salvar a nossa pele.. nossa vida e assim conseguimos sair pelos portões. O manto de igor rasgava nos portões, deixando para trás parte do tecido.. e nos ganhamos o refugio das arvores quando seguimos para as paragens novamente. Entre risos de minha parte e xingamentos de Igor, estávamos a salvo e ofegantes

- Eu vou Mata-lo Yanko!!!

Igor estava irritado. O manto fora presente de sua pretendida, e estava destruído. Eu só conseguia rir. Ria de tudo. Do céu, das estrelas que cintilavam sobre nos. Do cheiro de mato.

- Ela vai ser minha Igor.. minha..

Abria os olhos despertando do sonho. O peito ofegante parecia sentir na pele ainda o vento e o ruído das flechas de anos atrás. Estavam chegando os jogos.. só precisava esperar mais um pouco.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os jogos de Amor e Guerra - Parte II


[17:26] Hareena de Turia:
- como vc é engraçadinho, sabe que fazendo isso , fica quase impossivel distinguir vc deles

apontava os bosk, ele falava de dar ela aos mambas e ela lhe lançava um olhar de desdenho

- vc não ousaria, alem do mais não sou tuchuk, talvez preferissem comer v oce. Olhava para as caixas que ele tinha apontado, notava o olhar no corpo dela e cobria com uma mão o sexo e com a outra os seios - tire os olhos seu animal, ou vamos os dois dormir com fome

o estomago dela tambem reclamava, ela ia meio curvada, tampando o que podia ate as caixas, pegava um pedaço de carne com as pontas do dedo, o cheiro forte agredia as narinas.

- tem certeza que isso não esta podre ?

fazia uma careta e o segurava longe do corpo, achava o sal e salgava, não sabia se era o suficiente, cozinhar aera algo que ela tinha quem fizesse para ela. Colocava a carne no que parecia ser um espeto no fogo e sentavase perto das chamas, na distancia que a leash permitia , encolhia-se. A noite nas pradaria começava a esfriar, puxava os joelhos para junto do corpo e os abraçava, afundando a cabeça entre os braços.


A noite corria. A refeição era feita. Yanko terminava por amarra-la num pequeno tronco junto aos bosks. Nua. Prometendo que ela iria dormir com os Bosks até entender que eles eram animais sagrados e trata-los como deveria. Se recolhia ao vagão e adormecia ainda aos risos, lembrando da cara da Kajira.

[18:16] Yanko dos Tuchuks: O dia ja nascia. A noite fora divertida para Yanko.. a comida que hareena tinha feita não era das melhores, mas com a fome e o cansaço do dia e da batalha não podia reclamar muito. Ela ia aprender a cozinhar como se deve para um guerreiro de verdade... dormia no vagão, apos te-la prendido junto aos bosks, nua, com o nariz latejando pelo piercing, ao lado dos animais sagrados que ela desdenhava. Levantava-se e fazia a higiene rapida.. um lavar do rosto. tinha fome.. precisavam partir em breve.. seguia para o local onde tinha deixado a kajira, dando chutes leves em suas pernas para que acordasse

- Acorde Kajira.. é seu dever acordar antes de mim e preparar meu café da manhã.. tem ovos de vulos.. pão preto e um pouco de leite e mel para que possa preparar algo..

o cheiro do estrume se misturava ao barulho irritante das moscas., ele ria, ela so precisava acordar mugindo agora

- Vejo que ja se deu bem com sua nova familia.. - dizia em um tom sério

[18:23] Hareena de Turia: Tinha passado frio a noite inteira, dormira sentindo os ossos doerem , os musculos rigidos e o corpo travado pelo frio. fNão tivera outra escolha a não ser disputar com o bezerro o calor da bosk. Xingara e amaldiçoara o maldito selvagem. Acordava ainda com o vento frio da manha, o homem a cutucando e o bezerro exigindo espaço para mamar. Nâo dormira bem e mesmo antes de abrir os olhos almaldiçoava mais uma vez ele. Sentava, tinha grama nos cabelos, no corpo , estava suja e tinha o cheiro insuportavel de bosk. Ele pedia comida e ela tonta de sono , o queixo a bater de frio o fuzilava com os olhos. O bezerro dava cabeçadas nela tentando afasta-la do seu lugar e a mão ja não parecia tão satisfeita com ela ali. Tentava se colocar em pe, mas o corpo todo doia pela noite mal dormida. Tambem estava com fome, mas não dava o braço a torcer.

- se queria tanto comer devia ter feito seu dejejum.

olhava para si mesma , no estado lastimavel que estava. Sentia falta de seu quarto, de sua cama, de suas escrava s, de um banho quente e da comida preparada, sentia falta de sua vida . Ele a tinha roubado e ainda desdenhava dele

- eu te odeio - murmurava sentindo as lagrimas querendo cair. - olha como estou, não suporto meu proprio cheiro, estou suja , com frio, podia ter sido devorada por algum animal e vc so pensa em comida, seu selvagem

[18:31] Yanko dos Tuchuks: ele a ouvia reclamar. Pelos deuses que ela começava cedo

- Se tiver a disposiçao que tem pra reclamar, pro trabalho.. eu serei o tuchuk mais rico de todo camp..

ria... esperando que ela se levantasse..ria do bezerro que queria mamar e ela era o impecilho

- Ande.. saia dai.. a não ser que queira beber da teta da mãe bosk. - aproximava-se do animal com um afago em seus pelos - Va preparar nosso desjejum.. não vai tomar banho ate aprender a se comportar..

ele dizia ja começando a camihar para o acampamento novamente.. assim com ela, haviam mais algumas turianas entre eles.. algumas a dormir sob o vagao.. mas nenhuma tão suja de estrume de bosk.. ele olhava para tras esperando que ela o seguisse

- ande.. se eu tiver de comer pelas mãos de uma das escravas de meus irmãos.. vc só irá comer quando chegar ao camp.. e tomar banho tb.. e quem sabe ganhar algum pano para vestir..

voltava a olhar para frente cumprimentando os irmãos que acordavam

- Quem levou os bosks para o pasto ontem!?

A voz de um dos homens se fazia escutar

- O segundo de kanstorn..

e la estava o garoto voltando.. numa corrida desesperada.. sinalizava enquanto tropeçava pelo meio do caminho*

[18:34] Hareena de Turia: Se ela reclamava ele so sabia mandar, apertava os braços em torno de si tentando minimizar o frio e o seguia cambaleante. Nâo suportaria ficar com aquele cheiro horrivel ate não se sabia quando , olhava o rio e imaginava o gelo que deveria estar a agua. Via um garoto vir correndo assim que se aproximavam do acampamento e ela parava logo atras , assim que ele freava o passo. Ele tinha a leash e parecia não querer largar.

18:45] Yanko dos Tuchuks: ele caminhava com ela ate as outras meninas para que hareena pudesse se colocar a preparar a comida, o café dele e dos homens e a comida para viagem de volta.. amarrava o leash novamente para poder seguir ate os homens.. então a visão do segundo de KanStorn era clara.. o garoto corria.. tinha mãos sujas de sangue e gritava em desespero

- Atacaram o camp!!! Atacaram o camp!!

os homens seguiam ate ele.. como ele podia saber de algo assim?! Yanko o segurava para que se acalmasse..

- Ooaaa.. shhh.. respire garoto.. e agora diga.. quem atacou o camp? Como soube disso?

O garoto ainda tremia tentando falar

- Os homens de Kargash.. eles se aproveitaram da ausencia dos homens para os jogos..

Yanco crispava o maxilar

- E como sabe?

- Eu encontrrei Yago..ele esteve fugindo por algumas luas.. correndo para nos encontrar.. ele surgiu entre as folhagens la no rio.. - os homens se aproxmavam

- E onde ele está?

o menino crispava o rosto

- morto.. la.. - apontava..

alguns homens seguiam para la.. para ver se o garoto estava falando a verdade,.. Yanko voltava junto aos outros.. soltava a leash de Hareena e a puxava em silencio..

- Recolha as coisas..

dizia serio enquanto audava a colocar as caixas de mantimentos no vagão.. ajudava a guardar as coisas dos irmãos que não estavam.. a colocava dentro do vagão, atrelava ao Kailla.. e preparava-se para partir.. tão logo os outros retornassem*

[18:49] Sanndra Masala: O que esta acontecendo...do que ele estava falando, quem é esse tal Kargash...espere ...* ela corria atras dele quando ele se colocava a pegar as coisas * tenho o direito de saber , se o camp foi mesmo atacado não é um lugar seguro para mim, deve me levar de volta * falava andando em volta dele feito uma barata tonta...* fale comigo....eu lhe fiz uma...não varias perguntas *

[18:59] Mathew Draconia: *ele estava ocupado demais pensando nas frasers que o menino disse.. sua familia estava no camp, seu povo.. ela falava.. e pela primeira vez ele nao rebateu a nada, a segurava pelo braço jogando-a dentro do vagão.. e voltava-se para a direção de onde os hmens vinham trazendo o corpo de Yago.. era hora de partir.. e assim era feito.. a caravana ganhava as rotas novamente levando os bosks consigo.. eram deixados no pasto proximmo enquanto os homens seguiam.. e o que encontravam era apenas sangue, morte e destruilção.. os vagçoes haviam sido queimados.. haviam homens, mulheres, crianças mortos.. outros tantos deviam ter sido levado.. Yanko parava diante do vagão de seus pais.. corpo ensanguentado estava caido dentro do vagão.. haviam dois copos sobre a mesa.. o maldito bebeu com seu pai, antes de mata-lo covardemente.. sua mãe tambem estava morta.. o corpo estava do lado de fora, proximmo a fogueira.. Ele fechava os olhos.. o lamento ressaltava ao peito dos guerreiros que encontravam de novo o que so
[18:59] Mathew Draconia: brava do ataque.. as providncias foram tomadas para que os corpos pudessm ter o repouso e encontrar os desues.. e os Pks.. as cerimonias funebres eram feitas.. restava a ele o que pertencia a seu pai.. vagão.. kaiilas.. bosks.. mas ele pensava em apenas uma coisa.. encontrar o maldito que ceifou a vida de seu pai e sua mae..,. seus animais ficariam sob a guarda de seu primo.. ele decidia partir em busca dos assassinos de sua familia.. apos os ritos funebres a carroça era novamente carregada e partia dali..

[19:05] Sanndra Masala: Ele não a respondia, so fazia segura-la pelo braço e joga-la dentro de uns vagões. O ritmo era acelerado e logo eles chegavam ao camp. Hareena botava a cabeça para fora do vagão e a cena era chocante, as memorias do ataque a turia vinham a sua mente , o cheiro de sangue misturado ao das carnes queimadas, tudo estava destruido, via Yanko correr para o vagão e soltar um alamento de dor. Talvez agora ele compreendesse o que era ter seu povo atacado e ver pessoas que vc ama morrerem. No ataque a turia pelos tuchuks , ela tinha visto a mesma cena, e perdera ali sua familia, mae, pai e irmãos. Fora obrigada a fugir, se esconder em meio a um povo que não conhecia, sem um unico rosto ou ombro para consola-la. Foram anos de solidão ate que seu tio a mandava buscar e ela teve que pagar caro pela generosidade dele. Pagou com sua liberdade para mostrar-se grata e agora estava nas mãos do povo que assassinou sua familia. Ela acompanhava de longe os preparativos, os ritos funebres. Yanko acompanhava em silencio
[19:05] Sanndra Masala: tudo, por mais que o odiasse ela se condoia com a dor dele. Numa tentativa de conslolo tocava o braço dele, mas ele sequer a olhava. POr fim ele anunciava que iam partir e logo que o vagão estava pronto, amobs partiam dali, atras da vingança que ele tanto queria[19:05] Sanndra Masala: Ele não a respondia, so fazia segura-la pelo braço e joga-la dentro de uns vagões. O ritmo era acelerado e logo eles chegavam ao camp. Hareena botava a cabeça para fora do vagão e a cena era chocante, as memorias do ataque a turia vinham a sua mente , o cheiro de sangue misturado ao das carnes queimadas, tudo estava destruido, via Yanko correr para o vagão e soltar um alamento de dor. Talvez agora ele compreendesse o que era ter seu povo atacado e ver pessoas que vc ama morrerem. No ataque a turia pelos tuchuks , ela tinha visto a mesma cena, e perdera ali sua familia, mae, pai e irmãos. Fora obrigada a fugir, se esconder em meio a um povo que não conhecia, sem um unico rosto ou ombro para consola-la. Foram anos de solidão ate que seu tio a mandava buscar e ela teve que pagar caro pela generosidade dele. Pagou com sua liberdade para mostrar-se grata e agora estava nas mãos do povo que assassinou sua familia. Ela acompanhava de longe os preparativos, os ritos funebres. Yanko acompanhava em silencio
[19:05] Sanndra Masala: tudo, por mais que o odiasse ela se condoia com a dor dele. Numa tentativa de conslolo tocava o braço dele, mas ele sequer a olhava. POr fim ele anunciava que iam partir e logo que o vagão estava pronto, amobs partiam dali, atras da vingança que ele tanto queria


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os jogos de Amor e Guerra


[16:05] Yanko dos Tuchuks: Jogos do amor e da guerra... Era lá que ele estivera. E não podia acreditar quando entre as escolhidas para protegidas de turia estava ela. Yanko ainda estava a zombar com os irmãos dos guerreiros adversários... Então ele a via mais uma vez. Era ela, ele podia jurar que era. passara anos acreditando que era nada alem de um sonho ou delirio por conta da cicatriz e dos ferimentos causados pelo Larl, mas pelos Pks era ela
- Shhhhhh..
Pedia que Kantiuk fizesse silencio e se aproximava do lado de Turia. Os olhos azuis cintilavam com o que via.. quando o veu era arrancado.. O sorriso zombeteiro voltava ao rosto quase que de imediato
- Ela.. é ela que eu quero..
Kantiuk ria.
- Voce precisa de um par de juizos novos.. sim.. um par pra ver se ao menos um deles vc usa.,. Olhe ao lado.. ja viu quem é o Turiano que vai defende-la?
Ele virava-se com o sorriso largo no rosto
- Que os deuses do ceu não escutem esta tua boca suja!! - gargalhava - E desde quando um Tuchuk considera algo vindo dos vermes da cidade !? Eu a quero.. e vou te-la.. - Sorria batendo no ombro do irmão e seguindo para a batalha.
Era agil e ainda assim o maldito primeira espada de turia conseguia lhe tirar sangue. Os gritos tuchuk misturavam-se aos gritos de turia.. a luta continuava.. tirava sangue do maldito e novamente era ferido. trincava os dentes enquanto partia para cima mais uma vez. Era como se visse novamente o Larl e partia para cima.. Derrubava o homem enfim. A espada que fora escolhida como arma da guerra sequer era sua preferencia, mas conseguia derruba-lo.. Deixava a espada recostada ao pescoço do homem
- Não vou manchar minha lamina com o sangue de um verme.. - ria, chutando o homem - Vá.. viva.. sabendo que deve a sua vida miseravel a Yanko dos Tuchuks... - gargalhava aos amigos, ainda a sentir os cortes da luta.. mas ela era dele.. Sorria seguindo até a garota que havia escolhido....
- Vamos..a partir de hoje voce vai estar com homens de verdade,..
O turiano que havia lutado com ele se irritava.. mas era direito dele sobre a menina.. havia vencido. Ela lhe pertencia. Recebia da mão de Kanliuk o colar.. E sem pedidos ou avisos, o ruido metalico era ouvido ao pescoço da menina
- Agora vc pertence a Yanko.. - Segurava o leash e a retirava dali.. levando-a para o lado dos Tuchuks.

[16:15] Hareena de Turia: Os olhos azuis corriam a volta, enquanto era amarrada ao poste. De um lado os homens de turia, entre eles o seu defensor. Raphar, seu primo, o primeiro espada de Turia. Era a unica coisa que lhe acalmava, haviam garantido a ela que ele não perderia. Do outro lado o povo do vagão. Pareciam aos olhos dela bestas, animais selvagens. O veu era arrancado sobre protesto, sentia-se exposta , lançava um olhar de furia ao juiz
- Como se atreve ?
- Eles devem saber se o premio vale a pena ou não - era a resposta zombeteira de um hos juizes.
Enfim o combarte começava, um dos homens do povo do vagão a reclamava, foi com surpresa e desespero que viu seu primo cair. Os gritos, as gargalhadas começavam a tomar um contorno de sonho, pesadelo seria o melhor dizendo. Eles tinham garantido que Raphar não perderia. Olhava atonita do primo para o verme que a reclamava. A raiva expodia quando ele colocava o colar nela e passava a leash
- Me solte seu animal....faça alguma coisa Raphar... - Esbravejava indignada. Ele a puxava , sobre os protestos dele. Segurava a leash , freava o passo, o chutava, mas nada o demovia
- seu verme porco, me solte....

[16:26] Yanko dos Tuchuks: Havia vencido a velha rixa entre ele e Raphar. No jogo anterior o maldito primeira espada havia vencido.. levara a tuchuk criada pela familia de Yanko. Agora vinha o troco apos provocações trocadas pelos dois lados, vinha o sagrado e consagrado troco e o tuchuk se regorgizava do momento.. seguia levando a menina que esbravejava... e gargalhava.
- Ela tem boa garganta.. ao menos isso.. - parava os passos recebendo o chute que vinha dos pes delicados.,. e ria - Ooooaaaa..
Falava como se desse a ordem a um Kaiila.. e parava diante dela.. a expressão divertida no rosto, enquanto os outros gritavam erguiam a caneca para bebida, ja animados com a segunda luta.. ele mantinha os olhos divertidos sobre ela
-Ja vi que sabe bater.. vamos ver se sabe cozinhar comida de verdade.. comida tuchuk..
Voltava a caminhar levando-a consigo.. o brinco para o nariz estava dentro de seu vagão.. Ele amarrava a menina no poste e entrava
- Como se chama? - perguntava quando retornava com a agulha e o brinco.. limpava a agulha com o alcool da bebida.. segurava o queixo dela erguendo-o.. era linda.. como se o tempo sequer soprasse brisa para ela. Exatamente como se lembrava - Diga seu nome, ou vou acabar escolhendo um.. não sou muito bom com isso.. - dizia.. segurando o rosto dela elevado* Não se mexa kajira..
o aviso era dado e o movimento rapido. Sem demora a agulha era transpassada na cartilagem do nariz. e a argola seguia logo depois.. o sangue da menina que escorria pelos dedos dele.. enquanto a peça de ouro cintilava manchada do vermelho do vitae
- bem melhor.. lave o rosto..

[16:33] Hareena de Turia: Eram selvagens se divertindo as custas do cruel destino dela. A raiva e indignação eram tantas que sequer tinham permitido ainda as lagrimas rolarem. Ele a arrastava para o vagão e a prendia num poste. Ela não facilitava, chutava, e tentava morde-lo.
- me soltre, jamais vou cozinhar para um verme como vc, coma o mesmo que os bosk ja que vive entre eles.
Ele perguntava o nome e ela virava o rosto. Os labios crispados e o olhar fixo num ponto do vagão , não respondia. Mantinha a cabeça levantada com o orgulho que tinha , ele ameaçãva de dar outro nome a ela . O olhar fuzilava-o.
- Quem vc pensa que é para me dar nomes....Hareena - falava por fim, o queixo levantado num desafio - não sou kajira e nunca vou ser, vou mata-lo antes que tenha o gosto de falar que sou sua escrava
Os olhos caiam então para a mão dele, via o aro de metal e balançava a cabeça em negativa
- não vai colocar isso em mim, não sou um dos seus bosk, seu animal
desvia o rosto , os pes não paravam, iam ao ar alternados tentando chuta-los, as mão presas ao poste ela so gritava
- naõoooooo!!!
O rosto seguro, a rapidez do movimento, ela soltava um gemido de dor e via o sangue escorrer entre a mão dele , so então as lagrimas desciam
- Malditooo...malditooo....vc me machucou ,eu te odeio..te odeio

16:44] Yanko dos Tuchuks Ele ria das respostas que ela dava. Tanto orgulho e ele sabia que ela acabaria baixando a cabeça para ele e dobrando-se a seus pés. Tinha essa certeza tanto quanto o sol nascia em Gor.... Ela o chutava.. tentava impedir o ser levada e era arrastada pelo campo ate o vagão. Perguntava o nome ela negava..
- Quem penso que sou? Não, kajira.. eu não penso.. eu sou.. seu dono.. é isso que diz este colar que leva ao pescoço.. Yanko dos Tuchuks..
ria e trazia o piercing e agulha enquanto ela ainda reclamava
- vc reclama demais Kajira.. o que mais sabe fazer alem de reclamar, reclamar e reclamar?
Perguntava e o movimento rapido colocava fim no intento.. o piercing estava preso.. ela dissera o nome
- Se reclama tanto dos bosks, vai dormir com eles hoje.. Mooooooon.. - mugia como o animal e ria lavando a mão com o sangue da menina.. que dizia que iria mata-lo - Hmm.. precisamos dar um jeito nisso então..
Erguia-se do tronco e entrava no vagão mais uma vez.. demorava-se por alguns minutos e então saia com um pequeno sino na mão.. a puxava pela leash trazendo-a para perto,, prendia o sino que indicava os movimentos dela
- pronto.. agora vai ter um pouco mais de trabalho para me matar.. - ria.. - Hareena.. gostei do nome.. vai viver num acampamento tuchuk.. sob esse grande ceu que nos cobre agora.. não mais naquelas caixas de covardes.... e aprender a fazer a comida do meu povo..
Ele entrava novamente, pegava numa pequena estante o pote com pasta de salve.. e saia.. voltava a segurar o queixo dela erguendo-o.. não dava atenção a metade dos xingamentos que ela fazia.. dobrar a lingua da kajira ia acabar sendo divertido.. passava a pasta no nariz para impedir que infeccionasse..
- Hoje vamos dormir aqui.. amanha seguimos em caravana para o camp.. hoje vc dorme com os bosks..

[16:52] Hareena de Turia: Ela o xingava e chutava e ele apenas ria, aquilo a enfurecia ainda mais. Ela so queria acordar daquele pesadelo, o rosto marcado por cicatrizes da um aspecto aterrador a ele e ela se lamentava a simples menção do destino dela. Se perguntava o que teria feito pára merecer tal castigo. Era de uma familia rica, bem nascida, tivera uma educação esmerada para que? Para acabar nas mãos daquela besta. Ele ia ao vagao e a ensinava, o tilintar do pequeno sino que era preso ao seu tornoze-lo , ela choramingava

- Meu nariz vai inchar , vai ficar horrivel com essa argola,

Ele pegava o salve e colocava onde fora perfurada.

- O que????? Não vou dormir junto aos bosks, durma vc ja que gosta tanto. Alem do mais vai sujar meu vestido - Ela falava resoluta com o nariz começando a inchar em pe.

[17:02] Yanko dos Tuchuks: ele terminava de passar a pasta, aquilo ia impedir que infeccionasse e acabasse caindo podre. E ela ainda reclamava.. será que se deixasse ela sem beber água, logo a sede faria colar a boca? Ele ria dos pensamentos e meneava a cabeça como se falasse diante da realeza de gor..

- Vai continuar bonita e faladeira.. infelizmente pelo faladeira..mas.. seu nariz não vai cair, kajira.. - informava.. ela o lembrava do vestido.. - tem razão.. tem razão.. não pode sujar o vestido.. como eu não vi isso.. me desculpe..

falava num tom sério e se aproximava

- Vamos resolver isso..

A Kiva era retirada da cintura e o corte aos tecidos eram feitos.. eram fraççoes de segundos ate que ela estivesse completamente nua diante dele...

- Pronto.. o vestido não mais vai sujar junto aos bosks..

Ele entrava novamente.. dentro dos baus devia haver um KladKajir.. para dar a ela.. andava sempre previnido.. mas por castigo.. a deixaria sem nada junto aos bosks.. daria o kladkajir no dia seginte

- Agora esta vestida adequadamente para dormir com eles.. muuuuuuuuuuuu.. - ria sentando-se junto a fogueira.. - dentro do caixote tem algumas coisas que pode preparar para comermos.. não vai encontrar ai nada de raizes.. não comemos raizes.. nem nada que fique sob a terra.. pertence aos deuses da natureza.. - Sentava-se ainda a olhando - E então.. prepare algo.. não me faça ter que vende-la aos mambas de manhã cedo..

[17:09] Hareena de Turia: Ela sorria concordando quando ele falava que não poderia mesmo sujar o vestido, então o maldito o cortava em segundos, os olhos abertos em espanto viam o elegante vestido ser feito em trapos e o corpo exbosto, morria de vergonha, sentia o rosto corar e esquentar, cruzava a coxa sobre a outra tentando esconder as partes intimas, torcia o corpo, se encolhia procurando um jeito de se cobrir, mas sem a ajuda das mãos eram impossivel

- como ousa fazer isso....eu exijo que me de algo para vestir

ela nunca expusera seu rosto, ou ao menos seu tornoze-lo, nunca estivera nua na frente de um homem, a vergonha lhe tomava, sentia as lagrimas vindo

- eu quero algo para vestir , não pode me deixar assim

ele dava as costas, ia e voltava do vagão sem lhe arrumar nada, não tinha mais coragem de encara-lo, apenas a vergonha por estar nua faziam ela abaixar o rrosto e não encara-lo, Ele falava da comida, apontava as caixas. Comida tuchuk? e ela la sabia o que poderia ser isso e aquela conversa de alimentos da terra para os espiritos da natureza. Pelos pks como eram primitivos!!!

- não posso cozinhar com a smãos presas - ela falava

[17:20] Yanko dos Tuchuks: Ele a via baixar o rosto e sorria.. agora restava dobrar-se aos pés dele.. as reclamações tambem diminuiam..

- muuuuuuuuuuuu..

ela o chamava de bosk, e agora ele era um.. respondia com o mugido do animal, enquanto ajeitava-se para passar a salve nos proprios ferimentos da luta. olhava o corpo da mulher.. era lindo.. as curvas que ela insistia em tentar esconder.. servia um pouco da coalhada que estava na bota e tomava um bom gole. ajudava a passar o queimor dos cortes..

- Está linda assim.. muito mais bonita do que com aqueles panos todos a lhe cobrir.. é bonita kajira..

sorria deixando o pote de lado, recostava o corpo ao vagão.. enquanto esperava que ela fosse finalmente fazer o que ele mandava..

- não consegue? - respirava fundo tomando outro gole da bebida - hmmmm.. então vai ficar muito tempo nua.. e tambem não vai me servir.. de manha vai pros Mambas.. eles comem antigas ladies.. que se tornaram escravas.. é o prato principal deles.. escravas tuchuk então é o preferido.. eles começam comendo os dedos do pé.. e depois vão subindo.. subindo.. quando vc ainda esta viva.. pq só vale a pena se estiver vivo...

A Scar da Coragem





Entre os do meu povo, até que você consiga se mostrar digno e provar que sua vida vai prevalecer, você é um sem nome. Nomes são sagrados. Não devem ser disperdiçados com alguem que não se sabe se durará até o proximo Se'Var. Eu nasci de um Haruspex e uma Guardiã do Tempo, ate minha adolescência fui tratado como o primeiro filho de Kankarvek. Até provar que eu era merecedor de ter um nome dado pelo meu pai, meus pequenos feitos eram desprezados com zombaria dos meus irmãos. Um homem sem marcas não tem do que se orgulhar. É como se o deus dos ceus não olhasse para ele.

Eu ja havia aprendido a arte da caça, e do trato com kaiilas. Então um dia o deus do ceu olhou para mim.

Eu estava no pasto, havia levado o rebanho do meu pai para se alimentar. Caminhei por algumas ahns pelas paragens e segui até o rio. Haviam ruidos vindo de tras das pedras da cachoeira. Eu me esguerei lentamente pelas folhagens para conseguir ver do que se tratava. Então a vi pela primeira vez. Era como a visão que os singers contam. A deusa das águas que se banhava ao sol de Gor. Eu jamais havia visto uma mulher como aquela. A pele dourada, os olhos de um azul tão intenso e celeste. Era como se os pedaços do céu estivessem cravados em seu rosto. Os cabelos negros como a crina de um kaiila.. ela cantava uma velha canção e sua voz era doce como o sibilo dos passaros. Eu fiquei algum tempo sem conseguir me mover. Apenas tendo a visão dela a se banhar. Então o grito. O grito alto e forte que me tirava dos meus devaneios e assustava a ela que saia da água buscando algo para se vestir. Era um ataque.

Enquanto eu estava a cuidar do rebanho de meu pai, o segundo de Kantuek era atacado com o rebanho de sua familia. O rugir alto denunciava o ataque. Era um Larl. O animal avançava contra os bosks enquanto o Segundo de Kantuek tentava espanta-lo. gritava pela ajuda dos guerreiros mas a maioria havia partido para a caça ao sal. Eu estava paralizado pela agilidade e beleza do animal. A habilidade que ele derrubava os bosks e seguia para a vitima que tentava afugenta-lo. Eu tinha que derruba-lo antes mesmo que ele se voltasse ao rebanho de minha familia. Saquei a lança e parti para cima do animal. O grito de guerra tuchuk que rasgava a minha garganta quando eu saltava entre as folhagens. Não sei o que pensei na hora do salto. Lembro bem dos olhos da fera se voltando para mim.. e suas presas se exibirem tão brancas quanto o leite de verr.

O Larl virava-se para mim.. meu primeiro ataque fora em vão. O dele me pegava em cheio. A pata gigantesca me acertava a lateral do corpo. Me jogava entre as pedras. Sangue, dor e marcas. Minha primeira cicatriz não era a do rosto.. mas a do peito que abria. Eu me ergui, acredito que pelo medo de morrer, ou porque o deus do ceu ouviu as minhas preces para abençoar minhas armas e me ajudar a proteger o gado. A lança estava partida. restava a minha Queeva. A certeza de que a morte me seria o consolo me fez saltar mais uma vez para cima do animal que se entretinha com o segundo de Kantuek. Rasgava o abdomem dele. Eu pulei. grudei-me ao pelo do larl, prendendo os pes em seu corpo. Ele se debatia, grunia e meu corpo pulava no ar, preso apenas pelos braços ao pescoço do animal. Era o momento entre o sacolejar da cabeça e do corpo tentando me jogar longe, eu finquei a Queeva no pescoço do animal.. uma, duas, tres vezes. O Sangue esguichava, molhava meu rosto o chão, misturava-se com o sangue dos bosk que ele havia matado. com o meu proprio que escorria do peito.

Golpeei o Larl ate que ele não resistia mais e tombava comigo ao chão. Ele tombava sem vida.. eu preso a ela por um fino fio. O que lembro daí são fragmentos. O rosto da deusa da água que surgia em frente ao meu. A voz doce que falava algo que eu não compreendia. As vozes dos guerreiros. O choro da minha mãe pelo meu estado. As ervas e poções do meu pai cuidavam para que os pks não me levassem. Havia salvo mais da metade do rebanho e a vida do segundo filho de Kantuek. Havia garantido o meu direito pela scar da coragem.

A cerimonia se deu dias depois. Quando meu estado de saude ja estava melhor. Seria dificil relatar aqui o que acontece. As sensações. O estar dentro do vagão do mestre das cicatrizes. O calor do fogo, o cheiro do estrume que se mistura as ervas e tintas. O corte no rosto e aquela pasta que era colocada. Nada se compara. Nada lhe da mais orgulho. Nem a dor, nem a febre, nem a infecção. Nada lhe tira o gosto de ter aquela marca ao rosto. Nada llhe tira o orgulho de ouvir de teu pai o teu nome. Yanko.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Começo

Não há muito o que contar. Tudo aconteceu no dia dos jogos de Amor e Guerra. Sou um Tuchuk. Um guerreiro nascido e criado entre os povos dos vagões. Meu pai, Kankarvek era o engodo. Chamamos assim ao homem destinado a se passar pelo Ubar para proteger a vida dele. Tinha todas as regalias que teria um filho de ubar aos olhos dos estrangeiros.. Viviamos nos prados abaixo das florestas de Schendi. Desde cedo aprendi a arte de domar kaiilas e monta-los com presteza.. aprendi a arte da caça e pesca, de descobrir pegadas, mas foi o oficio de meu pai o meu real legado.
Meu pai era um Haruspex, um homem das ervas e poções. Um homem sábio que lia no figado de verr e sangue de bosk o que os espiritos do céu queriam dizer sobre o futuro do meu povo. E foi com ele que aprendi a ler os sinais, o vento, as estrelas.. a entender o que o sacrificio queria mostrar através do sangue e das viceras. Aprendi o oficio da dor e da morte. Por conta de meu tio, Kankaliauaki aprendi a arte da tortura para aplicar os ensinamentos de dor e morte que meu pai me passara. Me tornei bom no que fazia.
Muitas coisas e passagens aconteceram ate o dia decisivo. Talvez os diga aqui quando relatar meus sonhos... talvez eles mereçam ficar no vale do esquecimento.
Me chamo Yanko de Kankarvek dos Tuchuks. Sou um Haruspex-Torturador e iniciei o meu legado em nome da minha vingança pessoal.